Pior ano da bolsa desde 2015, mas... Finalmente um mês de alta! Ainda que esse prometido rali de natal não tenha sido lá muito exuberante, deu para respirar. Curiosamente acabou sendo, disparado, meu melhor mês no ano. Surpreendentemente, FII, classe que mais me puxou para baixo em 2021, subiu até mais que as ações. Meus investimentos totais renderam em dezembro quase 3%. Contando só renda variável ex-cripto deu uns 5%. Criptos puxaram bem pra baixo este mês. Dezembro foi tudo ao contrário.
Dezembro foi aquele mês "gol de honra" ou "prêmio de consolação", desfazendo um pouquinho só das porradas que o ano deu. Graças aos criptoativos, ainda consegui fechar o ano nominalmente positivo.
Esse terrível ano de 2021 também contou com um até bem satisfatório crescimento patrimonial, neste caso graças aos aportes. Ainda assim, não vou guardar saudade, pois não é comum que eu perca pro IPCA, mesmo por pouco. Meu "consolo" é ver que foi um ano difícil pra quase todo mundo, inclusive muita gente boa. Nem a renda fixa escapou. O melhor mesmo é ter escapado de qualquer coronavírus. Eu e minha família.
Para 2022 e além, vejo tudo nebuloso. Só devo fazer mudanças lá para março, creio. Começar a internacionalização patrimonial muito provavelmente. Já decidi há muito tempo, mas pensei que o dólar iria baixar este ano. Grande engano. Diminuição dos FII também ficou para ano que vem.
E 2022 na política? Bem, torço para a saída do atual mandatário. Pode entrar qualquer outro. PCO de Rui Costa Pimenta, Dória, Lula, Moro, Daciolo, o cara do Novo, sorteio. Tanto faz. Certo é que os próximos anos serão difíceis. Fora da bolha, o país está detonado e a herança será maldita. Como disse mês passado, é torcer pelo fim do amadorismo.
Até haveria um aporte bem grande a fazer, mas deixei numa conta rendendo CDI. Mês que vem vejo melhor. Assim, fica negativo na planilha de aporte do mês porque usei 15k do valor em caixa da corretora, que iria para ações, para comprar mais Tesouro Selic há alguns dias. No fim das contas, minhas alocações continuam mais ou menos iguais. No momento tenho uns 40% de tudo em ações; uns 25% em FII; uns 2% em criptos e uns 33% em Selic/caixa. Ou seja, uns 58% em renda fixa e FII.
Prêmio de consolação do ano foi vencer bem o Ibov, que teve vergonhosos 12% negativos em ano de IPCA de 10%. Perdi para os ativos dolarizados em geral e talvez para o CDI (não calculei). Enfim, Brasil é quase a pior bolsa do ano, então fica difícil.
Números do mês:
"Ibov" subiu 2,85%!
Tenho hoje: 699.004,82 (carteira ações-FII) + R$ 725,42 (caixa de dividendos e vendas ainda não reinvestidos) = R$ 699.730,24. Alta de 5.06% em relação ao mês anterior. A Rico começou a "aparecer" uns proventos para os próximos meses, mas, por enquanto, não estou querendo contabilizar esses créditos.
Num mês de alta de 2,85%... "Excelente" desempenho relativo.
Resto do patrimônio:
Tenho hoje R$ 26,670.48 na "carteira digital". Tornou-se 2,5% da carteira. Compras de julho de 2017 a janeiro de 2018.
Não vou contar o rendimento do dinheiro guardado em renda fixa, pois meu objetivo é avaliar meu crescimento em renda variável. Tenho cerca de R$ 360.800,00 (218.000 + 116.400 + 7.700 + 18.700 + 0) em renda fixa.
Meu patrimônio total hoje é cerca de R$ 1.087.200. Total aportado em tudo? Uns 628 mil (poupança, renda fixa, moeda, ações).
Valorização histórica e comparações:
Segundo a planilha, a valorização histórica da cota de ações e FII é de 153,4%, o que é muito bom para os nove anos e meio de investimento. Rendimento líquido igual ao da minha meta de 4% real ao ano (eu vinha calculando errado). E bem acima dela apenas se eu considerar as operações com criptoativos. Realizei R$ 125.000 de lucros investindo apenas R$ 28.000 e ainda sobrou a carteira atual, que é quase igual a esse valor inicial. Isso não está entrando na minha valorização da cota.
Farei abaixo umas comparações injustas comigo, pois minha rentabilidade já está descontada de impostos, ao contrário das abaixo. Não tenho mais lucros a realizar e sempre desconto da rentabilidade as perdas com impostos já. Assim, possivelmente estou batendo até o IMAB, segundo o site "mais retorno". Dólar só calculando.
CDI desde minha estreia na bolsa valorizou uns 112%. Porém, IMAB rendeu 162%.
IHFA (uma boa coletânea de fundos) rendeu 140% também. Um Alaska BDR da vida deu 127%.
IPCA acumulado deu 75% até então.
IGP-M do período? 124%.
Ibov teve valorização acumulada de cerca de 86% até então.
Poupança rendeu uns 66,5%.
Dólar renderia uns 178%.
Small cap? 77,5% no período.
IDIV? 87,5%.
Se eu quisesse me comparar com esses índices de forma exata, teria que levar em conta as distorções das diferenças de aportes no tempo. De qualquer forma, possivelmente estou ok.
A bolsa "fechou" o mês de novembro aos 104.822 pontos.
