sábado, 9 de março de 2019

Avaliação de Fevereiro 19



Avaliação Final de Fevereiro


Pela primeira vez desde 2012, atrasei intencionalmente a avaliação e as contas de um fim de mês. Culpa do carnaval. Ou do amor. Ou sei lá. Só sei que não tive tempo e quando fui ver a bolsa novamente já tava bem diferente dos quase 95,6 mil pontos do fechamento.

Pois bem, ia pular este mês, mas percebi que o índice acabou retornando a um valor bem parecido. Apenas uns 200 e poucos pontos abaixo. Assim sendo, resolvi tornar 08 de março o meu 28 de fevereiro. É como se o mês estivesse terminando agora, aproveitando a quase coincidência.

Em tese, a comparação me desfavorece um pouco, porém, fato é que acabei devolvendo a porrada que tomei mês passado. No ano, estamos empatados. Até estou bem levemente melhor. Desde as reformulações do meio do ano passado que voltei a competir bem com o "Ibov". O início de 2018 tava dureza. Na verdade, o que mais me prejudicou em 2018 foi o prejuízo de mais de dez mil com moedas, mas tudo bem, acontece. E demorei pra mudar a carteira, por falta de tempo mesmo. A vida tava mais complicada. De toda forma, a bolsa rendeu bem e compensou. 

Devo dizer que, dessa vez, neste mês, a comparação tem - e terá daqui pra frente, talvez por anos ou décadas até - uma novidade. Aportei, ao fim de fevereiro, em Fundos Imobiliários (FII) praticamente todo o dinheiro que estava parado: 100 mil reais. E, por enquanto, até dei sorte inicial, pois, se as ações continuaram patinando, as cotas dos fundos até se valorizaram bem desde então. 

Claro que FII é renda variável e tal, mas geralmente eles oscilam menos e vão me dar a renda mensal que tanto quero. Ou seja, não é só pela menor instabilidade. 

Enfim, agora, nos cálculos dos meus rendimentos mensais, estou tratando os FII's e seus rendimentos como ações e seus dividendos, incluindo-os nas contas da planilha. 

Por incrível que pareça, creio que nos próximos, sei lá, três anos, ou mesmo no longuíssimo prazo, a bolsa e as ações devem vencer os FII. Entretanto, além de podermos ter anos quase igualmente bons para os fundos, estou mais preocupado agora em correr riscos um pouco menores. Tanto que futuramente, se tudo der certo, pretendo começar a migrar gradualmente um terço ou mais da grana pro Tesouro Selic. 

Como deu pra entender, o plano é se tornar gradualmente conservador. Principalmente se avaliar que o ciclo de alta, que vivemos desde 2016, já está muito longo, o que é sempre difícil de medir. Costumam durar não mais que uns sete anos no Brasil, mas o futuro não precisa necessariamente repetir o passado. Fosse assim tão simples, todo mundo saberia a hora de sair e estaria rico. Tem esses, mas tem também os que se quebraram tentando ou perderam grandes oportunidades. 

Outra opção seria focar pesado em ações que pagam altos dividendos em vez de aportar parte grande pra FII. Não seria ruim. Entretanto, acredito que o desempenho dos melhores FII tende a ser superior a estas. Andei fazendo umas comparações demoradas e chatas. De toda forma, não deixa de ser tudo bem incerto. É renda variável.

O sonho é chegar a fim do ano com 200 mil ou mesmo 250 mil em FII's, salvo quedas generalizadas. Quem sabe até 300 mil. Os aportes devem ser todos para eles. E ainda devo aportar uns 90 mil este ano. 

Resumindo, o bom desempenho relativo do mês se deve em parte à valorização rápida das cotas e, em outra, a uma queda menor das minhas ações em relação ao "Ibov". Em alguns meses, o meu colchão FII vai atrapalhar que eu acompanhe o índice pra cima. Este mês, ele fez o contrário. Boa estréia. E ainda nem entrou aluguel. 

No mais, o sonho dos 550k ao final do ano continua bem vivo. É como sempre digo, basta o governo não atrapalhar muito.

Quanto às ações, ainda não comecei os grandes giros de carteira, mas vou. Creio que o lucro compensará o IR. É minha esperança. Daqui a cinco anos digo se estava certo ou errado.

Números do mês:

"Ibov" caiu 1,86%

Tenho hoje - 428.886,20 (carteira) + 12.474,11 (caixa de dividendos e vendas ainda não reinvestidos) = R$ 441.360,31. Total de R$ 312.000,00 aportado desde que entrei. Significa que estou com 129.360,31 a mais que o total aportado. Mês passado era 130.541,24 a mais que aportei. Dá pra ver que perdi 1.180,93. Queda de 0,27%. Num mês de baixa de 1,86%... Desempenho ótimo. 

Após as "criptoquedas", tenho hoje R$ 12.150,00 na "carteira digital". O dólar ajudou no leve crescimento. Até compensou, com boa sobra, a quedinha da bolsa. Pouco mais de 2% do patrimônio total. Como é algo muito volátil, é uma posição perigosa. Aporte total de 28,5 mil reais aqui. Prejuízo enorme. Quem diria!

Não vou contar o rendimento do dinheiro guardado em renda fixa, pois meu objetivo é avaliar meu crescimento em renda variável. Tenho cerca de R$ 7.500,00 em renda fixa. Também tenho um dinheirinho pra receber em uns três meses. Créditos certos. Talvez cheguem a 4 ou 5 mil. Porém, só vou contar quando entrar. 

Meu patrimônio total hoje é cerca de 461 mil reais mais crédito. Leve queda porque este mês não houve aporte. Só gastei. É que recebi antecipado em janeiro o "mês de fevereiro". Total aportado em tudo? Uns 341 mil (poupança, renda fixa, moeda, ações).

A bolsa "fechou" aos 95.584 pontos. Uns 64% a mais do que estava na minha estréia, seis anos e tanto atrás. Por enquanto, "Ibov" 64%, minha carteira, 41,46%. A inflação acumulada é de 39,8%. E a poupança daria uns 40-44%. Bom... Ao menos já foi extremamente pior. 

Há alguns "poréns" nessas contas. A rentabilidade histórica, se ajustada, seria de 72,5% em vez de 41,46%. É que os aportes distorcem a coisa em cenários não-estáveis. Basta imaginar o que aconteceria com a rentabilidade histórica se eu aportasse "um milhão" mês que vem, por exemplo. Assim, considero a "rentabilidade ajustada" algo até mais justo para avaliar se estamos investindo bem ou não. 






A.

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