sábado, 26 de fevereiro de 2022

Avaliação de Fevereiro 22 (queda fraca)

                   

Avaliação Final de Fevereiro


Mês muito turbulento. Em todos os sentidos. O mundo lamentavelmente com mais uma guerra. Como isso vai impactar ou não os mercados é, na verdade, o de menos. E, para falar a verdade, teve muito sobe-e-desce, mas, no fim das contas, sequer fomos tão afetados até o momento, na média.


Rendimento fraco no mês. Chegou ao levemente negativo, inclusive. As ações até foram ok, mas confesso que voltei a reduzir minha exposição à bolsa. A Selic, que irá a 12%, está muito atrativa e o futuro do Brasil por demais incerto. Ao contrário da grande maioria, aposto em nada muito ruim ou muito bom, seja quem lamentavelmente ganhar. Do contrário, a alocação não seria 30% em ações. Seria bem menos ou bem mais. Já havia prometido a mim mesmo e escrito aqui no blog que caso a bolsa voltasse aos 115k, ou algo do tipo, venderia parte das ações. Foi o que ocorreu. Aproveitei algumas grandes altas pós-resultados dos bancos. 


Quando volto a aumentar exposição à bolsa? Ainda não sei. Muito dificilmente será em altas.


FII continua sendo uma âncora. Acho que, à exceção de dezembro, estão a cada mês pior com a taxa Selic sem um teto claro e muitos possíveis novos estouros do teto da meta de inflação, o que impede que a política do BC deixe de ser contracionista. Cenário bem ruim para os imóveis. Uma pena. Queria uma recuperação ao menos parcial para vender. 


Quanto ao patrimônio, estagnou este mês. Se contar que o IPCA não está cedendo como deveria, rentabilidade real negativa. Foi um mês em que entrou a mesma grana que gastei. Nos próximos meses, devem voltar os aportes gordos. 


A estratégia segue a mesma. Torço para o Ibov se recuperar mesmo sabendo que não terei como acompanhá-lo. Pode subir mais que minha carteira. Não tem problema. Já decidi há muito tempo que quero estar pouco exposto aos ruídos eleitorais, os quais devem se tornar cada vez mais intensos conforme a eleição se aproxima.


O projeto de internacionalização está ficando atrativo. Real teve mais um bom mês. É bem possível que eu venha com alguma novidade nesse sentido em março ou, no mais tardar, abril. Estou pensando em no mínimo ter uma parte nesses novos BDR de ETF de renda fixa dos EUA. Se o dólar escalar perto das eleições, essa posição se valorizará um pouco, compensando a possível deterioração de outros ativos. 


Nota-se que eu quero diversificar e ir tornando minha carteira cada vez mais "neutra", menos volátil e pouco suscetível a todo tipo de intempérie. Não vai passar perto de ser VT, ACWV ou algo assim, mas ok. Inclusive ETFs internacionais de ações também virão forte nas minhas carteiras, espero que num futuro próximo.


As vendas de ações foram tudo para engordar o Tesouro Selic. Aporte em ações? Apenas 4k este mês. Comprei algumas SAPR4. As proporções mudaram. No momento, tenho 30% de tudo em ações; uns 22% em FII; quase 2% em criptos e uns 46% em "Liquidez/caixa", meio que acompanhando o CDI. 


Acho que nunca tive um percentual tão baixo em ações e renda variável em geral desde o início do blog há quase dez anos. 


Mês que vem talvez eu comece minhas mudanças. Vou pensar.

  

Números do mês:


"Ibov" subiu 0.88%


Tenho hoje: 585.052,06 (carteira ações-FII) + R$ 55,57 (caixa de dividendos e vendas ainda não reinvestidos) = R$ 585.107,63. Queda de 0.47% em relação ao mês anterior. A Rico começou a "aparecer" uns proventos para os próximos meses, mas, por enquanto, não estou querendo contabilizar esses créditos. Esse mês tem até bastante mais que o normal. Quase 5,3 mil reais a receber. Ou seja, quase 1% da carteira de renda variável. Realmente não é pouco. Muitos JSCP de SAPR e ITSA.


Num mês de alta de 0,88%... Mais um "péssimo" desempenho relativo.



Resto do patrimônio:


Tenho hoje R$ 17.555 na "carteira digital". Tornou-se menos de 2% da carteira. Compras de julho de 2017 a janeiro de 2018.


Não vou contar o rendimento do dinheiro guardado em renda fixa, pois meu objetivo é avaliar meu crescimento em renda variável. Tenho cerca de R$ 512.000,00 (373.881 + 117.700 + 5.500 + 14.200 + 200 + 600) em renda fixa. Este mês gastei, porém, uns 4 mil do valor que estava em renda fixa mês atrás. Foi uma retirada.


Meu patrimônio total hoje é cerca de R$ 1.114.600. Total aportado em tudo? Uns 635 mil (poupança, renda fixa, moeda, ações).



Valorização histórica e comparações:


Segundo a planilha, a valorização histórica da cota de ações e FII é de 161%, o que é muito bom para mais de nove anos e meio de investimento. Rendimento líquido quase igual ao da minha meta de 4% real ao ano (eu vinha calculando errado). E bem acima dela apenas se eu considerar as operações com criptoativos. Realizei R$ 125.000 de lucros investindo apenas R$ 28.000 e ainda sobrou a carteira atual, que é quase igual a esse valor inicial. Isso não está entrando na minha valorização da cota.


Farei abaixo umas comparações injustas comigo, pois minha rentabilidade já está descontada de impostos, ao contrário das abaixo. Não tenho mais lucros a realizar e sempre desconto da rentabilidade as perdas com impostos já. 


CDI desde minha estreia na bolsa valorizou uns 116%. 


IMAB rendeu 161%.


IHFA (uma coletânea de bons fundos) rendeu 146% também. Um Alaska BDR da vida deu 173%.


IPCA acumulado deu 78% até então. 


IGP-M do período? 133%.


Ibov teve valorização acumulada de quase 100% até então.


Poupança rendeu uns 68%.


Dólar renderia uns 147%.


Small cap? 75% no período. 


Idiv? 99%. 


IBRX? 134%.


Se eu quisesse me comparar com esses índices de forma exata, teria que levar em conta as distorções das diferenças de aportes no tempo. De qualquer forma, possivelmente estou ok. 


A bolsa "fechou" o mês de novembro aos 113.141 pontos. 





Obs: falta mais de 1/3 da minha renda fixa aí em cima.






A.