sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Avaliação Parcial de Agosto


Avaliação Parcial de Agosto



Já passamos do meio do mês, então cabe alguma reflexão parcial sobre o dinheiro aplicado.

Quis pegar o bonde do rompimento da resistência de 57.600. Até apostava levemente na possibilidade de isso acontecer, mas não que fosse tão rápido, logo no início de agosto. Consequentemente, fui pego de surpresa e tive medo de perder a oportunidade de entrar com quase tudo que eu tinha. Pra mim era claro que, após romper 57.600, a Bolsa iria, no mínimo, testar 59.500, como de fato vem fazendo agora. Portanto, "enchi o carrinho de compras" logo na primeira hora do rompimento, pois, tendo a certeza de que ia subir mais, pareceu-me difícil estar fazendo um mau negócio. Porém, estava errado.

Por que errado? Vários motivos.

1 - Não precisava essa pressa toda. Um dos motivos da pressa foi o medo de que não voltássemos a 57.600 ou algo próximo. Bobagem. Estivemos próximo disso uma duas vezes, no mínimo. A "resistência" inclusive virou suporte. Vale pesquisar, mas me parece, agora, que é bem comum que uma resistência seja testada como suporte dias depois, mesmo quando se sai de grandes congestões. Aliás, talvez estas até aumentem a possibilidade de isso acontecer.

2 - O Ibov vai subir? Não significa que todas as ações também vão. O erro não é bem esse, mas me ajuda a explicar. Obviamente, eu sei e sabia disso. O erro foi na escolha das ações. Como agora estou pagando corretagem, resolvi não diversificar muito e comprei cinco ações em vez de trinta e cinco... Como pensava não ter tempo para pesquisar quais comprar, escolhi algumas recomendações de compra do especialista da minha corretora. De fato, ele é um bom especialista, mas rentabilidade passada não garante a futura. As dicas dele me ajudaram muito no excelente rendimento com trades de julho (e vão ajudar mais, pois ainda não vendi 200 "EZTC3" compradas a "20 e alguns centavos" !!!), mas boa parte delas ainda não funcionou para agosto. Dos cerca de nove mil reais que gastei com as ordens de compra, recuperaria hoje um pouco menos. Ou seja, prejuízo leve. Num cenário em que o Ibov está 2% acima do que entrei, é o que eu chamo de rentabilidade ruim. Alguém pode dizer que, até o fim do mês, tudo pode melhorar nessas ações que comprei. Verdade. Entretanto, mesmo se isso, felizmente, acontecer, fato é que perdi a oportunidade de lucrar 2% em quinze dias. Realizaria esse lucro e já estaria planejando o próximo.

Portanto, considero que errei nessa primeira metade do mês. Dinheiro mal aplicado. Até espero uma melhora até o fim de agosto, mas acho que só bato o Ibov se a "EZTC3" chegar nos 25 (e olha que 66% das ações foram compradas em julho). 

E pro futuro? Bom, acho que estou definindo alguns "parâmetros" menos maleáveis para mim:

A - Ficar menos "trader" ainda. Nunca tive a intenção de ser "trader". Fiz isso em agosto por medo de não ver mais 57.600 e por achar que as escolhas eram "lucro certo". Por várias razões não quero ser "trader". I) meu montante não compensa, já que taxa de corretagem é sempre alta; II) no fim das contas, é mais trabalhoso ainda que o meu método, o qual exige menos tempo livre; III) a "alta diversificação", que tanto gosto, não compensa, já que a taxa de corretagem é sempre alta. O único "aspecto trader" que pretendo manter é tentar me antecipar a uma grande crise que me parece que vem.

B - Quem já viu o link "Dúvidas Metodológicas I" sabe que eu não tenho 100% de certeza de que a "alta diversificação" é o melhor para mim. Pois bem, depois desse relativo fracasso (que felizmente é coberto com  enorme folga pelo sucesso de julho, ou seja, sem choradeira aqui), causado, em parte, pela tentativa de ser eficiente usando "baixa diversificação", estou um pouco mais convicto de que "não me dou bem" com a mesma. Ponto para a "alta diversificação".

Não sei se esqueci de algo, mas com certeza postei o que considero de mais relevante até agora.

A.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Operações de Agosto


Operações de Agosto



06/08, 10:52 => Acabo de comprar 100 EZTC3 a 22.61

06/08, 11:07 => Acabo de comprar 200 BBRK3 a 6.80.

06/08, 11:28 => Acabo de comprar 200 POMO4 a 10.16.

06/08, 11:32 => Acabo de comprar 100 ECOR3 a 17.22.

06/08, 11:48 => Acabo de comprar 50 BRML3F a 25.23.

Sei do risco destas operações de hoje (dia 06), mas o rompimento superior (dos 57.600) foi forte. Não quis perder o bonde.

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Atualização do dia 09/08, às 16 horas: Como dá pra perceber, os investimentos não estão bons (pelo menos a curtíssimo prazo), mas podem melhorar nos próximos dias ou semanas. A exceção é "Pomo4", que bateu novo topo histórico e já me daria um lucro bem grande. Tomara que não caia. Na verdade, minha atualização hoje tem a ver com os "stop loss (SL)" e "stop gain (SG)" que vou utilizar para essas aplicações aqui. Como não vou ter como ficar acompanhando o Home Broker (e às vezes isso até faz bem), vou deixar ordens de venda nele com os seguintes parâmetros:

EZTC3 => 100 ações => 23,75
EZTC3 => 200 ações => 24,90
BBRK3 => 200 ações => 8,14 (SG) ou 6,09 (SL)
POMO4 => 200 ações => 11,40 a 11,25 (SG) ou  9,85 a 9,75 (SL)
ECOR3 => 100 ações => 20,22 a 20,40 (SG) ou 15,92 a 15,82 (SL)
BRML3F => 50 ações => 29,50 a 29,25 (SG) ou 23,44 a 23,23 (SL)

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Atualização do dia 10/08, às 23 horas: Como havia dito ontem, coloquei "stop"s. Destes, dois pegaram hoje. Uma notícia boa e outra ruim. A boa é que "POMO4" disparou a 11,40 e eu vendi a 11,37 as 200 ações. Objetivo atingido. Um grande lucro. A ruim é que ECOR3, na sua frequente oscilação entre 15,90 e 16,60 acabou batendo no meu "stop loss". Um grande prejuízo. Saldo? Positivo. O lucro superou o prejuízo. Entretanto, estou apreensivo com os outros. "BRML3F" e "BBRK3" não "engrenam". Se ambos "stoparem", "EZTC3" vai ter que chegar a 24,00 pra compensar. Isso é até possível, mas esperava lucrar bem mais. De decepção, já basta "ECOR3". Outra atualização é que coloquei "stops" numa compra de julho, as 100 "CRUZ3" => 29,90 a 29,85 (SG) ou 25,20 a 25,00 (SL).

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Atualização do dia 13/08, às 13:30: Com o dinheiro da "POMO4", acabo de enviar ordem de compra de 600 "FJTA4" a 2,92. Não sei se vai "pegar", mas não quero assumir um risco maior que 2,92. Até acho que o papel tende a subir, mas ele já está bem esticado.

... Às 14:08: Ordem ainda não pegou. Estudei as compras e vi que boa parte veio do Bradesco. Achei a esticada mais superficial ainda e revisei a ordem de compra acima para 2,89. Aumentei 100 ações. 700 a 2,89. Vamos ver ao fim do dia.

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Atualização do dia 14/08, às 10:12: Comprei, dez minutos atrás, 45 ações do "BBAS3F" a 23,61. É o dinheiro da ECOR3 (que, por sinal, subiu bastante desde que infelizmente me "stopou") sendo reinvestido (sim, botando "fezinha" que dá pra romper os 59.500). Aproveito e atualizo que a ordem de compra das 700 FJTA4, pegou ontem e que EZTC3 enfim está rompendo os 23,10.

... Às 10:31: Acabo de fazer um investimento difícil de replicar. Comprei 25 ações de "CGRA4F" a 17,90 (era a única ordem de venda lá). Baixíssima liquidez no fracionário, mas não pretendo vender tão cedo. É uma aposta para um futuro distante, digamos.

... Às 11:07: Comprei 15 ações "BBAS3F" a 23,33. Por algum motivo, tanto a cotação quanto a Bolsa estão caindo bastante. Espero que reaja.

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Atualização do dia 20/08, às 17:12: Como o "stop loss" de 6,09 da "BBRK3" disparou mas não pegou, subi o mesmo para 6,70 (aposta meio difícil num repique legal, ainda vou pensar mais sobre esse "6,70", mas está isso).

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Atualização do dia 21/08, às 11:42: Acabo de colocar duas OV's (ordens de venda). 4 "MPLU3F" a 45,00 e 28 "BBAS3F" a 23,74. Vamos ver se vão pegar.

... Às 14:04: Subi a OV da "BBRK3" para 6,85. O papel está muito forte.

... Às 17:10: Aviso que a OV das 4 "MPLU3F" foi executada a 45,00. Perdi a confiança no papel.

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Atualização do dia 27/08, às 9:58: Acabo de mudar a OV de 100 "EZTC3" de 23,75 para 23,58. Ademais, informo que a OV das 4 "MPLU3F" "pegou" na semana passada.

... Às 11:47: Mudei a OV da "BBRK3" para 6,49. Vou tentar realizar prejuízo. O papel não está tão forte assim. Mudei também o SG das 50 "BRML3F" para "25,30 a 25,25 (SG)". Ou seja, "mudança de estratégia".

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Atualização do dia 28/08, às 10:33: A OV de 100 "EZTC3" de 23,58 e a OV das 200 "BBRK3" "pegaram" ontem. Uma deu lucro, a outra prejuízo. Ou seja, saí no zero-a-zero. Como o ibov subiu um pouquinho desde então, foi um negócio ruim. Pelo menos não deu o prejuízo que "FJTA4" e "CRUZ3" ameaçam dar. Hoje coloquei uma OV de 50 "BRML3F" a 25,74, sendo que 39 ações já foram compradas há alguns minutos, restam 11. Ademais, não resisti ver o potencial das 28 "BBAS3F" e subi a OV delas para 24,60.


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 Atualização do dia 31/08, às 13:13: Mudei as OV's de 200 "EZTC3" de 24,90 para 25,30. O papel está muito forte. Também passei a OV das 11 "BRML3F" restante para 26,74, pois ainda não decidi se quero vendê-las. Em setembro decido.


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A.

domingo, 5 de agosto de 2012

Carteiras Recomendadas


Carteiras Recomendadas (Cautela!)



Na verdade, este pequeno "post" é apenas para alertar do perigo de se basear nas recomendações alheias. Não estou dizendo que isso não seja útil, mas é necessário saber filtrar.

Entretanto, só compreendi o quão perigoso é quando li um ótimo texto, que me ajudou muito, do excelente blog "Além da Poupança". Peço licença para divulgar o link:


Bons motivos para ter muito cuidado com os "especialistas".

A.

sábado, 4 de agosto de 2012

(Sites Relacionados)


Sites Relacionados



Adicionei uma série de sites que, de uma forma de outra (alguns muito mais), já me ajudaram, nem que seja com um texto marcante. Estão na barra lateral do blog.

Certamente esqueci de alguns outros tantos importantes. Coloquei os que lembrei agora.

Se alguém quiser que eu adicione também, é só requisitar.

A.

Perspectivas Para Agosto


Perspectivas Para Agosto



Vou falar do que pretendo fazer no mês. Lembrando que, assim que realizar alguma operação de compra e venda, pretendo atualizar o blog.

Primeiramente, é necessário dar uma pincelada na conjuntura. Como já disse em alguns posts, realmente tenho dúvidas sobre para onde vai a Bolsa. Tanto é que tenho cerca de 60% do dinheiro lá - e boa parte disso em "ações defensivas" - e 40% fora. O que vai acontecer em agosto?

Para decepção geral da nação, eu não sei. Como 60 é maior que 40, difícil esconder que estou um pouco mais otimista. Sei que isso é estar na contramão, mas às vezes dá certo. Meu otimismo parte principalmente da esperança de uma ação do "Super Mário" (BCE) e de uma possibilidade do governo federal lançar um pacote anticíclico minimamente relevante. Vejo que o Ibov passou os últimos sete dias entre 55.000 e 57.400. Ou seja, mais perto do rompimento superior da congestão. Ok, não quer dizer muita coisa assim. Na segunda-feira que vem, após balanços horríveis da PETR e ELPL, o índice deve cair. Se chegarem notícias tenebrosas, pode voltar fácil aos 52.000 até o fim da semana, gerando novamente aquela tensão se vai ou não buscar os 48.000.

Enfim, é isso, muita indefinição em agosto. Uma aposta tímida na alta.

O que vai acontecer nos próximos meses? Alguém pode querer que eu saiba isso. Para decepção geral da nação, também não sei muito bem. Creio na possibilidade de dois cenários, que podem ou não começar já em agosto:

a) rompimento superior da congestão seguido de alta até algo próximo do topo de março: na verdade, não sei se, rompendo, chega em algo próximo a 69.000. Esse cenário não permite uma arrancada tão fácil, mas dizem que as coisas também não estavam boas em janeiro-março e o índice teve um estranho rali de alta. Se isso acontecer, vou comprar (os "40% fora" voltam) a 57.800, que vai ser meu primeiro stop, e vender quando, estando próximo de 69.000, começar a notar sinais de reversão de tendência - a não ser que o cenário de crise tenha uma espetacular melhora. Do contrário, posso vender no 61.000 ou no 63.000 ou no 66.000... Dependerá do "sentimento". No 59.000 acho que não. Outra coisa, vou levar em conta mais o gráfico da ação que o do Ibov, mas geralmente há uma relação.

b) Ibov torna a descer na congestão, rompe os 52.000 e vai buscar 48.000: este aqui, apesar de extremamente perigoso, é meu preferido. O motivo é: não está claro pra mim que a crise se intensificará nos próximos três meses. Assim, se o Ibov chegar rapidamente a 48.000, talvez seja hora de entrar mais um pouco (compra). E aí qualquer "muito possível" arrancada (causada por Super Mário, Dilma ou sei lá) seria muito boa, mesmo se buscar apenas os 57.000. Se passar então... Maravilha. Contudo, a crise não pode estar beirando... O que nos leva a outra questão:

O que vai acontecer "depois dos próximos meses"?... E "quando é isso exatamente"? Também tenho dúvidas, mas menos (deveria ser mais, afinal, "fui mais para o futuro" ainda). 

Parece que uma grande crise vem. Aposto em algo semelhante a 2008. No fundo, não houve exatamente uma recuperação. Talvez tenhamos adiado o problema. Acredito até na possibilidade de que venha pior. Não há espaço nem tempo pra discutir isto aqui. 

Quero estar fora da Bolsa bem antes disso. Talvez pague um preço por isso (o de amargar, à toa, a rentabilidade real pequena da renda fixa, ou seja, não é tão ruim assim). Se errar, voltar pra Bolsa pode ser difícil. Se acertar, segue outra difícil decisão: quando voltar? Chegou o "fundo mais fundo"? Deixo essa decisão para o futuro, afinal, pode ser que minha previsão semi-apocalíptica nem se confirme.

Se for mesmo ter a crise, preciso prever quando ela começa, ou seja, quando o gráfico fará a descida quase vertical. Pior... E se a descida for horizontal? Nesse caso, se eu ficar no zero-a-zero estará ótimo. E se a descida horizontal durar mais de três anos? Não sei se isso existe, mas, se existir, não tem quem resista... Mas é isso, bolsa de valores em tempos de crise é arriscada. O lado ótimo é que, se sair da crise, tome "lucro dos sonhos".

Voltando para agosto... O que vou fazer (já decidido) então?

I - Primeiramente, escolhi um novo tipo de aplicação em renda fixa. Os 40% vão para a "NTN-B". Parece-me a mais segura. Isso deve ser feito na semana do dia 13/08, a não ser que os 57.600 sejam rompidos.

II - Pretendo fazer uma compra. Uns R$ 300 em "CGRA4". Este ativo promete!

III - Também existe a possibilidade forte de eu vender as 200 "EZTC3" que tenho. Vou esperar algo próximo de 23 - a não ser que o Ibov esteja na porta dos 57.600.

IV - Ainda não me decidi sobre as 100 "CRUZ3". Acho que só vendo de R$ 30 pra cima e apenas na hipótese da congestão ser rompida na parte superior.

V - E se a gente for buscar os 48.000 em agosto? Aí, a depender de estar ou não lucrando com o conjunto "CRUZ-EZTC3", posso vendê-lo para apostar em "ativos mais elásticos" numa possível subida.

É isso. Vamos ver o que acontece.

A.

Seção Dúvidas Metodológicas II


Seção Dúvidas Metodológicas II



Tratarei aqui, bem brevemente, de um assunto que é continuação do anterior. Afinal, é melhor revisar mensalmente a carteira, por mais que se gaste com corretagem, ou revisar bi ou trimensalmente para evitar tais custos?

Pra quem aplica valores altos, como R$ 150.000, talvez seja melhor apostar na primeira opção. Porém, para quem aplica R$ 15.000, ela tem claros perigos. As taxas de corretagem são fixas e podem consumir boa parte do montante se as revisões e mudanças forem constantes.

Depois de muito pensar, aceitei fazer revisões significativas, ou seja, mais de duas corretagens, apenas bimensalmente (é o que tenho como plano neste exato momento). Talvez a escolha pela "alta diversificação", explicada no post anterior, só funcione assim. Não tenho 100% de certeza de ser a melhor decisão, mas a seção "dúvidas metodológicas" é isso mesmo...

Assim, pra economizar com corretagem, minha rentabilidade mensal em agosto não deve ser tão boa (em comparação com o "Ibov") quanto foi em julho. Entretanto, em setembro, mês de revisão, espero superar o "Ibov" novamente. Vamos ver se vai dar certo, se compensa. 

Vou tentar avaliar se a diferença de desempenho frente ao "Ibov" entre julho e agosto é compensada pelo possível custo que eu teria com corretagens - pesquisando e estimando as mudanças necessárias. Qualquer decepção fundamentada, mudo a tática.

(dica importante para avaliar a diferença entre o primeiro mês dos investimentos e os demais: em tese, os custos com emolumentos e taxas deveriam ser distribuídos entre os meses, caso o contrário, o rendimento dos meses seguintes ao das compras vai levar vantagem não-advinda exclusivamente da valorização do ativo, esse fato dificulta a comparação. Não faz tanta diferença assim, mas vou levar isso em conta)

A.

Seção Dúvidas Metodológicas I


Seção Dúvidas Metodológicas I



Outro ponto importante sobre meu método é que ele ainda não está pronto. Quem viu meu post anterior vai duvidar e dizer que tenho algumas definições bem claras, com uma escancarada aposta, por exemplo, na diversificação.

Pois, pra inaugurar esta seção "dúvidas de método", vou tocar justamente neste assunto. Não tenho certeza sobre a alta diversificação ser um bom caminho. O que me pareceu vantajosa nela?

Todo mundo sabe. Pode servir como "colchão" para uma queda inesperada (e eu não gosto de correr certos riscos). Pense. por exemplo, que uma pessoa investiu em 2 de janeiro de 2012 uns 33% de seu dinheiro em um excelente ativo da época -  a ELPL4. Pode até ser que a mesma se recupere algum dia, inclusive invisto meus 2% nela, mas uma queda de 50%, como a que ocorreu desde então, assusta. Se irrecuperável, prejudica qualquer plano. Há outros exemplos de empresas bem cotadas que caíram assustadoramente, como aconteceu recentemente com famosas siderúrgicas (Usiminas, CSN etc.). As demais poucas escolhas terão que ser muito boas, pra compensar e dar algum lucro.

Claro que a pouca diversificação pode ser fonte de altos lucros também, pois basta o desempenho espetacular de uma ou duas empresas para que a rentabilidade média cresça bastante. Por isso, a alta diversificação bem feita é uma boa opção conservadora, já a baixa diversificação bem feita é uma ótima opção agressiva. Por óbvio, mais importante que escolher entre uma e outra é fazer tudo "bem feito".

Pois bem, é aí que entram os defensores da baixa diversificação. Segundo os mesmos, é mais fácil "fazer bem feito" com poucas empresas. Menos balanços para analisar; menos notícias pra acompanhar; mais eficiência no processo todo; entradas e saídas mais certeiras. Pra quem sabe, ótimo!

Há também, na baixa diversificação, uma vantagem fundamental para os pequenos "investidores", qual seja, o montante será menos consumido pelas taxas de corretagem. Para quem aplica até uns cem mil reais, isso é bastante relevante.

Por que decidi, então, pela alta diversificação? Antes de tudo, até agora tenho dúvidas. Mas vou falar sobre a escolha.

Bom, já dei algumas pistas em outros posts. Iniciei na Bolsa em 5 de julho e ganhei trinta dias de corretagem grátis, o que anulou, no mínimo, metade da desvantagem (na compra... ou "toda a desvantagem" se eu nunca vender esse "investimento"...).

Entretanto, o fundamental nem foi o que expliquei acima. É que acho que conseguirei acompanhar os balanços das trinta ou quarenta empresas sem precisar gastar muito tempo. Se isso for verdade, anulo o principal problema da diversificação. Vamos ver como me sairei. Pra falar a verdade, tenho mais medo de errar acerca da avaliação da conjuntura macroeconômica do que falhar na tarefa de "não apostar em tranqueira".

Também acredito que seria bem incompetente em fazer uma "baixa diversificação bem feita". Não quero correr o risco de ver uma grande queda em um ou dois ativos. Já se isso acontece no meu "colchão da alta diversificação", não há tantos problemas. Este mês, por exemplo, minha carteira valorizou 4%, mas tem dois ativos caindo mais que 8%. Tudo bem que nada garante que eu os teria escolhido se "só pudesse cinco ou oito", mas vai saber...

Outro ponto que acredito ser favorável a alta diversificação é que o número de bons ativos com preço baixo me parece ser razoavelmente suficiente para uma boa diversificação. Não sem motivo, já colhi e estou colhendo alguns frutos.

Também vale dizer que vou tentar driblar as taxas de corretagem fazendo alterações significativas na carteira apenas em períodos longos. Não havendo grande perda de rentabilidade, é mais um ponto favorável a alta diversificação. Explico melhor no próximo post da seção.

Apesar de eu estar mais para holder, bons trades para todos!

A.

Composição da Carteira I


Composição da Carteira I



A composição atual (04 de agosto) tem quatro tipos de ação e diz muito sobre "meu" método.

  • Classe A: são cerca de R$ 8.000 em duas ações - uma de caráter defensivo e outra mais agressivo - que espero vender em alguns meses ou semanas. É o famoso "swing trade". Se as vendesse hoje, já teria um lucro bom, mas acredito numa valorização maior a longo prazo. São elas:
                          
                          EZTC3 - (200) a preço médio de cerca de R$ 21,00. 
                          CRUZ3 - (100) a preço médio de cerca de R$ 29,74.

  • Classe B: são cerca de R$ 4.800 quase igualmente divididos entre as onze ações que me pareceram, ao início de julho, mais atrativas
                          
                          AMBV4 
                          BBAS3
                          CCRO3
                          CMIG4
                          COCE5
                          CRUZ3
                          ETER3
                          EZTC3
                          GETI4
                          GRND3
                          VALE5 (menos que as outras)

  • Classe C: são cerca de R$ 3.000 quase igualmente divididos entre as dez ações que me pareceram, ao início de julho, quase tão atrativas quanto às anteriores
                          
                          CIEL3
                          CPFE3
                          ELPL4
                          ITUB4
                          JHSF3
                          ODPV3
                          POMO4
                          PRBC4
                          TBLE3
                          UGPA3

  • Classe D: são cerca de R$ 2.250 quase igualmente divididos entre quinze ações que me parecem boas, mas mais arriscadas a médio prazo. Algumas são verdadeiras apostas.
                         
                          BBDC4
                          BRML3
                          GGBR4
                          LLIS3
                          MDIA3
                          MPLU3
                          MULT3
                          NATU3
                          OHLB3
                          PETR4
                          QUAL3
                          RADL3
                          TRPL4
                          VIVT4
                          VLID3


Para além disso tudo, estou tentando comprar "CGRA4", mas a baixa liquidez está dificultando um preço razoável. Até o fim de agosto devo achar uma entrada legal.

Se alguém quiser conferir o preço médio de compra de cada ativo desses aí, basta clicar na primeira imagem deste link:


Um problema é: as coisas mudam rápido na Bolsa. Por isso gostaria de fazer uma revisão mensal, mas meu montante ainda é baixo, o que significa (vale a dica!) muito cuidado com a corretagem. Pretendo fazer uma "revisão fundamentalista com influência gráfica" (olha outra dica sobre o método) ao fim de agosto. Mas isso é tema de próximo post.

Boas operações!

A.

Rentabilidade


Rendendo...



A rentabilidade da carteira em "julho" foi de 4%, sem mencionar o bom percentual de ganhos com trades. Entretanto este "mês" tem uma série de especificidades explicadas neste balanço aqui (tem o histórico de operações e os preços médios):


No link, também há o detalhamento dos dados e da carteira.

(Editando: Na verdade, a planilha do blog "Além da Poupança" acusou 4,15%)




A.

Iniciando...


Bom Início



Informe de Julho de 2012: a primeira coisa a se dizer sobre minha rentabilidade em julho é que ela abrange um período que vai de 5 de julho a 4 de agosto. Por que isso? Porque só comecei a vida de "investidor" mesmo em 5 de julho. Escolhi uma corretora e comprei minhas primeiras ações.

E só ontem consegui um jeito fácil de calcular a rentabilidade. Trata-se de um site em que eu registro todas as operações, conforme as notas de corretagem que recebo, e ele calcula tudo pra mim: imposto devido, variação da carteira (que é a valorização) etc. Então o "print" abaixo é de hoje, 4 de agosto, sábado. (Clicar na Figura Para Ampliar)




Como se pode ver, ele mostra inúmeros dados importantes, como a valorização da 4% (variação total da carteira em relação ao montante) da carteira num período em que o IBOV subiu 2,1%. Os dados "custo" e "valor da posição" dão uma ideia da composição da carteira. Se alguém quiser, pode calcular o percentual de cada ativo a partir dos dados.

Há, ainda, os lucros gerados pelos trades com corretagem grátis que fiz (e só os fiz por isso, assim como aproveitei a mesma para diversificar bastante a carteira, a qual só pretendo alterar bem gradualmente). Somam cerca de 393 reais líquidos (descontados os futuros pagamentos de IRs).






Bom, os cerca de 1.120 reais de ganhos parecem muito bons para o montante investido. Entretanto, não pretendo fazer mais trades (a não ser de meses), pois a taxa de corretagem passou a ser cobrada. Tanto é que ainda não fiz nenhuma operação em agosto. O imposto de agosto é devido à liquidação de operações de julho. 

Acho que novas compras agora só quando a Bolsa romper os 52.000. Aí é bem possível que o dinheiro da renda fixa migre para a variável.

É quase certo que manterei a carteira inalterada. O problema disso é que a rentabilidade tende a ser menor por dois motivos. Primeiro que o ideal seria um "revisãozinha" com substituições, inviabilizada pela chegada das taxas de corretagem de 4,40 (Rico. Não escolhi a Mirae, pois não pretendo ficar fazendo trade). Segundo que, como não vou comprar neste mês (salvo grande queda), não vou poder escolher bons momentos de entrada em cada ativo, como gosto de fazer e fiz.

Se alguém quiser dar uma olhada no meu histórico de operações:




















































































Concluindo a análise de julho, não sei se foi sorte de principiante, mas achei uma estréia muito boa. Valorização bem acima do IBOV.

Agora é ver como esta mesma carteira se sai em agosto. E se a bolsa despencar, que fique ao menos no zero a zero.

A.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Apresentando...


Apresentação



O objetivo do blog é simples. Permitir que "pequenos investidores" - gente que, como eu, ainda não possui dinheiro o suficiente para não depender de patrão ou algo do tipo - possam conhecer "experiências de  investidores leigos" principalmente na Bolsa de Valores. Quem sabe até se animar.

Espero que seja bem sucedida. Sendo, eventuais leitores leigos, se quiserem (ao leitor deste blog, aviso que é por sua própria conta e risco!!!), poderão até mesmo copiar o que vou fazer em cada momento, pois pretendo atualizar meus planos diariamente, antes da execução. 

Sobre esse assunto, o conselho mais importante para qualquer "investidor" - aspas porque não gosto da palavra - novo é: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Ainda mais na Bolsa/Renda-Variável. Ou seja, mesmo se eu tiver 9.687 meses bons seguidos, pode ser que, num mês só, tudo se perca.



Como, então, tentarei (tentarei!) conseguir uma rentabilidade digna em 90% dos meses e ter perdas diminutas em 10% deles? 

Para responder isso, tenho que falar do "meu" método. As aspas são porque ele não tem quase nada de original. É uma coletânea de lições ensinadas por outras pessoas e por observações superficiais de alguns gráficos e dados.

Uma das coisas que vou tentar é ir revelando o método apenas aos poucos, pelo menos até atingir o objetivo final (e será o fim do blog), que é "trabalhar pra si".

Entretanto, uma das principais bases do "meu" método revelo já agora... Ela é...

... O investimento em ações é, para os leigos com algum método razoável (pretendo ser um), o melhor tipo de investimento! Se alguém achar que não, é só argumentar. Contra-argumentarei assim que puder. Porém, não é o melhor o tempo todo. Nos últimos dezoito anos da economia brasileira, não o foi (é só um exemplo... Mas que exemplo!). 

Logo, não estarei sempre 100% (da grana) em ações. Pretendo variar as porcentagens investidas a depender do momento da economia brasileira e mundial. Atualmente, por exemplo. estou quase meio-a-meio (renda fixa e renda variável), pois não sei se, nos próximos dois ou três meses, as ações serão melhor investimento que a renda fixa. Contudo, pretendo estar "100% em ações" sempre que vir a economia do país numa situação minimamente tranquila, como quase aconteceu de 2003 a 2007.

Assim, como já deu pra perceber, nos meses em que sentir que a coisa vai ficar feia, deslocarei uma boa porcentagem do dinheiro para a renda fixa, antes que as ações caiam. Falando assim parece a coisa mais fácil do mundo. Não é. É a mais difícil. Possivelmente vou cometer "erros de sentimento". O importante, entretanto, é acertar alvos próximos dos topos e fundos. Vou confiar em mim e assumir um pouco mais de risco (pois poderia simplesmente "esperar a época depressiva e seus fundos passarem", como acontece em 99% das vezes), com o objetivo de maximizar os rendimentos. 

(... aqui entra outro aviso ao leitor, nem assim garanto que conseguirei honrar, no futuro, uma possível boa rentabilidade passada... Aliás, aqui no blog não garanto absolutamente nada).

Pode ser, também, que eu acerte um e erre o outro. Exemplo, vendo no que achava ser o topo e percebo, meses depois, que este era bem mais acima e o "topo falso" sequer virará um novo fundo. Se errar feio o julgamento, as consequências podem ser ruins. O inverso pode ser pior ainda. Vai que eu erro o fundo e o "fundo falso" se torna um topo que passará anos a ser rompido... Se perder a paciência e/ou precisar gastar o dinheiro, terei até prejuízo. Pretendo medir todos esses riscos na hora de fazer esses balanceamentos de "quanto fica na renda fixa" e "quanto fica na renda variável".

Enfim, todo "investidor" em bolsa deve saber esses riscos, eu sei, mas faço questão de avisar. Mesmo na renda fixa há risco (menor) de se perder o dinheiro, quanto mais na variável. E não. Não existe método infalível ou jeito de estar "sempre ganhando". Até o bilionário Warren Buffet já teve "ano negativo" (Um em dezenas... Logo recuperou... Tudo verdade... Mas teve). Não estudei ainda se ele fazia grandes deslocamentos entre renda fixa e variável para conseguir isso ou se o mesmo se virava na Bolsa mesmo, entretanto, parece-me "mais impossível" a segunda opção. Ao menos vendo os gráficos da Bovespa.


Bom, o que é "trabalhar pra si" ou "não ter patrão"?

Talvez exista essa dúvida.

Para trabalhar para si, é necessário acumular um montante grande o suficiente a fim de permitir um "salário" digno.

Esse montante renderia o necessário para viver de forma saudável. Creio que um rendimento real (descontado o IPCA) conservador fica entre 5% ao ano (melhores opções de renda fixa) e 12% ao ano (dá pra chegar a isso com uma estratégia razoavelmente conservadora na renda variável).

Por que 12% de rendimento real ao ano?

Tal rendimento não é tão difícil de se conseguir sendo um bom operador na Bolsa de Valores. Aliás, sendo mediano. Afinal, se a gente pega o rendimento do IBOV (termômetro do Ibovespa) desde o Plano Real tem-se a média de 14,5% ao ano. E há quem jure que o período "2012-2030" será muito melhor.

A meu ver, basta que não seja bem pior. É preciso que as pessoas saibam que ser um operador mediano da Bovespa é a coisa mais fácil do mundo. Basta investir no fundo de índice "BOVA11". Pronto. Basta ver no google. Não faço isso porque minha meta é conseguir um rendimento acima da média. Neste caso, os sonhados 12% poderiam ser conseguidos mesmo num cenário significativamente pior que o 1994-2012. E nem acredito que será.

Quanto menor o montante inicial, mais a pessoa precisa arriscar buscando rendimentos próximos a, talvez, 20% (dá pra conseguir isso sem risco extremo). Isso para multiplicar logo o montante. Obviamente, que o cenário - Brasil/Mundo - dos próximos meses precisa ser mais ou menos tranquilo. Entretanto, percentuais de crescimento ainda maiores só são possíveis com muito trabalho de garimpagem por parte do "investidor". Será que vale a pena? Pessoalmente, não pretendo gastar tanto tempo assim. Sobra tempo para "investimentos" mais rentáveis.

Portanto, 20% ao ano, de 30 mil reais, possivelmente vale trinta minutos do seu dia. Mas 40% ao ano, de 30 mil reais, possivelmente não vale quatro horas do seu dia.


Bom, e o que é "leigo"?

Leigo é você que, como eu, há mais ou menos um mês, nunca tinha ouvido falar de "comprar no fundo" e "vender no topo". É você que nunca se viu investindo nesse "negócio complicado" e só agora está se interessando. Enfim, por mais que eu tenha aprendido algo neste mês, a verdade é que sou leigo e pretendo continuar sendo, pois objetivo gastar uns trinta minutos por dia ou menos com isto tudo aqui. É o que considero justo pelo que meu montante inicial pode render (se minha expectativa de rendimento for confirmada).


Bom, por que o anonimato?

Simples. Segurança e privacidade. Não vou revelar meu nome por aí e peço que ninguém o faça. 


Falando um pouco sobre o blog

Pretendo ter uma página fixa (editada mês-a-mês). A página "Rentabilidade", sempre atualizada. Vou procurar colocar os resultados assim que acabar o mês. Tentarei não atrasar mais que um dia.

A ideia é também, como já disse, publicar, com antecedência, qualquer operação de compra e venda a ser realizada. 


Conclusão

Por isso tudo, este projeto é um teste de uma hipótese, a de que ganhar na Bolsa - e outros investimentos alternativos à decepcionante poupança - não é algo extremamente trabalhoso, difícil e "só pra quem saca muito". Quero mostrar que mesmo um leigo, como eu, pode obter uma rentabilidade bem satisfatória, sem precisar gastar muitos minutos por dia.

Se for dando certo, ótimo. Se não der, espero que meus "investimentos" defensivos me consigam um "zero-a-zero". Entretanto, acho que, daqui a três ou quatro anos, estarei, no mínimo, razoavelmente positivo. A não ser que a "economia" desande muito (o que tem, porém, efeitos políticos bem interessantes).

Sobre termos que usei aqui e tudo mais, podem me trazer qualquer dúvida. Mesmo a mais básica. Se souber a resposta, tentarei tirar. Não entendeu a relação risco/ganho e como jogar e se dar bem com ela? Posso explicar melhor algum ponto.

Boas operações para todos nós!

A.