segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Avaliação de Janeiro 22 (alta forte)

                  

Avaliação Final de Janeiro


E lá vamos nós rumo ao décimo ano na bolsa. Desde 2012, a bolsa ganha bem pouco do IPCA. Por sorte, meu desempenho foi bem melhor que o "Ibov" - e do que mais de 86% dos fundos por aí segundo o relatório que vi do Spiva. 


Dois bons meses seguidos. Esmola demais o santo até desconfia. Janeiro foi repeteco de dezembro. Porém, com FII, dessa vez puxando pra baixo, e criptos, novamente deteriorando muito, evitando um resultado melhor. Passei nem perto de começar o ano perto do "Ibov". Na verdade, comi poeira se pensar que subi apenas metade do que o índice subiu. Se eu fosse computar só minha carteira de ações, aí até teria acompanhado o índice. Já minha carteira total, incluindo renda fixa, teve rentabilidade líquida de nem 2%. Normal. Renda fixa protege na queda e freia na subida.


No fim das contas, é isso: desde que o "Ibov" suba, estou aceitando até perder minha costumeira vantagem sobre ele. Nada a chorar muito.


Crescimento patrimonial mais uma vez bem satisfatório esse mês. Patamar que, como já disse algumas vezes, eu nem pretendia chegar nesses quase dez anos. Exceto pelos primeiros meses de blog, quando eu pensava, idiotamente, que era o jovem Buffett brasileiro, nunca tive a ilusão de altas multiplicações.


Será um ano muito difícil de prever. Esse e os próximos. Cenário político e econômico-financeiro nebuloso. Não vou fazer grandes apostas, nem concentrar muito em alguma classe, ao contrário do meu histórico de quase all in nas altas volatilidades da vida. Sou cada vez mais "conservador" e vou, inclusive, finalmente internacionalizar patrimônio este ano. Espero que nos próximos meses. Quase fiz isso ano passado. Tudo para diversificar o máximo possível e diminuir a volatilidade anual. 


Enfim, apesar de satisfeito com os desempenhos de tudo até aqui, continuo minha longa e gradual mudança de rota. Não é porque ser arrojado deu historicamente certo que eu teria que continuar me arriscando.


Continuo sem novos aportes na bolsa. Não consigo ficar otimista para além do meu aumento de alocação do meio do ano passado - entre 107 e 114 mil pontos. Inclusive, se a bolsa engatar novas altas, devo voltar a reduzir a exposição dos atuais quarenta e poucos para os antigos trinta e poucos. Viva o swing trade de longo prazo. Isso se eu der a sorte de subir mais um pouco. "Oremos". 


Até fiz um grande aporte. 11k, mas novamente tudo para renda fixa. Pior ainda, tirei 13k da carteira de renda varável para engordar o TD. Foi meio que para tentar não mudar muito as proporções isso daí. No momento, tenho uns 41% de tudo em ações; uns 23% em FII; quase 2% em criptos e uns 34% em "Liquidez/caixa".


Ainda não alcancei minha perda real total para a inflação, de uns 8%, em 2021. Sem a renda fixa e criptos, teria sido bem pior até. Logo, meu sonho é um fevereiro tão bom quanto os últimos dois meses. É esperar demais desse lindo país? Talvez sim, mas já passei por tanta coisa que nem me incomoda esse tipo de aposta perigosa. Ficarei sem grandes mudanças de alocação por enquanto. Talvez em março comece as minhas reformas/faxinas. 

  

Números do mês:


"Ibov" subiu 6.98%


Tenho hoje: 710.259,10 (carteira ações-FII) + R$ 267,94 (caixa de dividendos e vendas ainda não reinvestidos) = R$ 710.527,04. Alta de 3.47% em relação ao mês anterior. A Rico começou a "aparecer" uns proventos para os próximos meses, mas, por enquanto, não estou querendo contabilizar esses créditos. Esse mês tem até bastante mais que o normal. Quase 5,3 mil reais a receber. Ou seja, uns 0,8% da carteira de renda variável. Realmente não é pouco. Muitos JSCP de SAPR e ITSA.


Num mês de alta de 6,98%... "Péssimo" desempenho relativo.



Resto do patrimônio:


Tenho hoje R$ 18,090 na "carteira digital". Tornou-se menos de 2% da carteira. Compras de julho de 2017 a janeiro de 2018.


Não vou contar o rendimento do dinheiro guardado em renda fixa, pois meu objetivo é avaliar meu crescimento em renda variável. Tenho cerca de R$ 385.800,00 (244.500 + 116.700 + 6.800 + 16.600 + 200 + 1000) em renda fixa. 


Meu patrimônio total hoje é cerca de R$ 1.114.000. Total aportado em tudo? Uns 635 mil (poupança, renda fixa, moeda, ações).



Valorização histórica e comparações:


Segundo a planilha, a valorização histórica da cota de ações e FII é de 162%, o que é muito bom para os nove anos e meio de investimento. "Rendimento líquido igual ao da minha meta de 4% real ao ano (eu vinha calculando errado). E bem acima dela apenas se eu considerar as operações com criptoativos. Realizei R$ 125.000 de lucros investindo apenas R$ 28.000 e ainda sobrou a carteira atual, que é quase igual a esse valor inicial. Isso não está entrando na minha valorização da cota."


Farei abaixo umas comparações injustas comigo, pois minha rentabilidade já está descontada de impostos, ao contrário das abaixo. Não tenho mais lucros a realizar e sempre desconto da rentabilidade as perdas com impostos já. Mesmo assim, não tou devendo muito a ninguém aí abaixo.


CDI desde minha estreia na bolsa valorizou uns 114%. 


IMAB rendeu 159%.


IHFA (uma coletânea de bons fundos) rendeu 142% também. Um Alaska BDR da vida deu 157%.


IPCA acumulado deu 76% até então. 


IGP-M do período? 128%.


Ibov teve valorização acumulada de cerca de quase 100% até então.


Poupança rendeu uns 67%.


Dólar renderia uns 165%.


Small cap? 79% no período. 


Idiv? 98%. 


IBRX? 135%;


Se eu quisesse me comparar com esses índices de forma exata, teria que levar em conta as distorções das diferenças de aportes no tempo. De qualquer forma, possivelmente estou ok. 


A bolsa "fechou" o mês de novembro aos 112.144 pontos. 




Obs: falta mais de 1/3 da minha renda fixa aí em cima.






A.