sexta-feira, 29 de julho de 2022

Avaliação de Julho 22 (alta boa)

                       

Avaliação Final de Julho


Bom, minha principal novidade, já de certa forma antecipada nos últimos textos, é que daqui pra frente apenas a rentabilidade geral de tudo é que me importa. Bolsa brasileira e FII passaram a ser menos de 40% da carteira, então não faz sentido focar a análise apenas neles, como foi até alguns meses antes da dolarização de metade do patrimônio.


Falando em dólar, fechou em queda este mês, o que prejudicou o rendimento em reais. Faz parte. Pelo menos está bem acima do valor que comprei. Ademais, a queda cambial de 1% e pouco foi bem inferior à alta dos meus investimentos em renda variável nacional. Quase 5% de alta este mês. Se continuar sendo assim, tudo bem até.


Outra novidade é que talvez eu pare com os aportes já neste mês. Já anunciei que, nesta década, pretendo tirar ganhos apenas da rentabilidade mesmo. Recebo do trabalho sempre mais do que gasto. Está tudo tranquilo. Este mês ainda aportei seis mil reais. Acabou sendo bom aporte.


KISU e SMAL, que tanto me atrapalharam em outras oportunidades, foram bem em julho. Vamos ver o que agosto trará.


No mais, meu consolo é o mesmo do mês passado: "Esse cenário pós-covid tem sido incrivelmente desafiador. No período, vemos, por exemplo, vários fundos e gestores que brilharam na década passada ou mais sofrendo para conseguir rendimento para além do Ibovespa. Fundos como Atmos, Dynamo, Giant, Alaska, IP Participações... Você olha os dados no maisretorno.com e vê todo mundo passando muita dificuldade desde janeiro ou fevereiro de 2020."



Números do mês na renda variável nacional:


"Ibov" subiu 4,69%Fechou o mês de julho aos 103.165 pontos. 


Tenho hoje: 418.694 (carteira ações-FII e proventos, que passo a incluir, aproveitando que o valor está "pequeno") + R$ 330 (caixa de dividendos e vendas ainda não reinvestidos) = R$ 419.025,56. Alta de 4,95% em relação ao mês anterior. 



Num mês de alta de 4,69%... Resultado bonzinho. Um daqueles meses raros em que lamento não estar mais muito alocado em renda variável nacional. Porém, sem qualquer arrependimento dessa decisão, que não visa ganhar todo mês. Sequer todo ano.


Resto do patrimônio nacional:


Renda fixa nacional soma R$ 129.850 (122.721 + 3.114 + 2.486 + 1429 + 100). 


Total do patrimônio nacional: R$ 548.875. Significativamente maior que mês passado, mas ainda menor até que dois meses atrás, quando a bolsa ainda andava pelos cento e onze mil pontos.


Criptoativos:


Tenho hoje R$ 10.600 na "carteira digital". Tornou-se menos de 1% da carteira. Compras de julho de 2017 a janeiro de 2018.


Números do patrimônio internacional:


IBKR: Total de $99.848 o que, convertendo o dólar aos atuais R$ 5,17, daria R$ 516.214. Houve uma valorização total em dólares de 1,97% no mês de julho. Em reais, bem menos. Uns 2 mil a mais que o mês passado.




Passfolio: Total de $9.491,84 o que, convertendo o dólar aos atuais R$ 5,17, daria R$ 49.068. No mês, a alta aqui foi de uns 2% em dólar. Em reais, subiu quase nada. Uns quinhentos reais.



Total do patrimônio internacional? $109.339 ou R$ 565.282

Isso é cerca de mais R$ 2,5 mil a mais que mês anterior. Alta de quase 0,5%. O câmbio atrapalhou dessa vez.



PATRIMÔNIO TOTAL


Juntando patrimônio nacional, internacional e criptoativos, meu poder de compra total em moeda nacional é atualmente cerca de R$ 1.124.757. Um tanto mais que o mês passado. 2,2% no mês. Total aportado em tudo? Uns 667 mil (poupança, renda fixa, moeda, ações). 


Valorização histórica e comparações:


Segundo a planilha de todos os investimentos, a valorização histórica da cota geral é de 196%, o que é muito bom para dez anos de investimento. Rendimento líquido um tanto acima da minha meta de 4% real ao ano. Seria um "IPCA + 4,8%". Agradeço às criptos.


Farei abaixo umas comparações injustas comigo, pois minha rentabilidade já está quase toda descontada de impostos, ao contrário das abaixo. 


CDI desde minha estreia na bolsa valorizou uns 126,4%. 


IMAB rendeu 167%.


IHFA (uma coletânea de bons fundos) aparentemente parou de ser atualizado mês passado em 162%.


...Um Alaska BDR da vida deu 133%.


IPCA acumulado deu 84,4% até então. 


IGP-M do período? 143%.


Ibov teve valorização acumulada de mais de 80% até então.


Poupança rendeu uns 73,6%.


Dólar renderia menos de 160%.


Small cap? 48% no período. 


Idiv? 98%. 


IBRX? 111%.


Se eu quisesse me comparar com esses índices de forma exata, teria que levar em conta as distorções das diferenças de aportes no tempo. De qualquer forma, possivelmente estou ok. 




A.

terça-feira, 5 de julho de 2022

Post "comemorativo" de 10 ANOS de investimentos - Rentabilidade média e comparativos

                        

Avaliação dos 10 Anos de Investimentos


Escolhi o dia 05 de julho de 2022 como marco pelo motivo de que foi minha primeira compra de ação. Uns lotes de EZTC3 a uns 21 reais em 05 de julho de 2012. 


Na época, estava com uns trinta e poucos mil reais e cheio de ideias falsas e esperanças idiotas em razão de todo esse material prejudicial que circula pela internet quando a gente tenta tatear os primeiros passos no mundo financeiro. Por sorte, as estreias acabaram sendo até positivas, já que me livrei da tentação de investir nas empresas X. Acabou sendo fácil bater o mercado naquele início, que parecia muito iludido com aquilo tudo.


Hoje sou muito mais realista. Talvez o eu do passado ficasse meio decepcionado em saber que, em dez anos, a rentabilidade nominal líquida - descontada de impostos e taxas -, em moeda nacional, dos investimentos seria de 190% contra um IPCA de 85%


E isso porque estou incluindo na conta deste post comemorativo o lucro de mais de 300% com as criptos, na sua devida proporção na carteira, é claro.


Isso dá uma rentabilidade real - descontada também a inflação - líquida total de 56,75%...


Dividindo isso aí em um rendimento médio anual de dez anos (julho de 2012 a julho de 2022), seria equivalente 11,23% nominal ao ano e 4,60% real ao ano.


Há uns três meses, os dados estariam até melhores, mas tudo bem. Isso não vale... 


Para esses cálculos, usei esses links simples: 


https://clubedospoupadores.com/simulador-de-juros-compostos


https://clubedospoupadores.com/conversor-de-taxas-de-juros-anual-para-mensal



A PERGUNTA DO 1 MILHÃO: Como avaliar se isso foi bom


A primeira e mais óbvia coisa a fazer é comparar com o CDI, que teve resultado BRUTO de apenas 124% no período. A aposta seca em dólar daria até mais que o CDI inclusive. 157% até 30 de junho.


A rentabilidade BRUTA da renda variável brasileira no período, classe de ativo em que disparadamente mais estive, variou entre 48% (SMAL) e 162% (IHFA, que em tese reúne uma média de fundos ativos muito bem filtrados/escolhidos) a depender do índice comparativo médio adotado. Tudo também bastante abaixo. Nada perto dos meus 190% líquidos. Tive a vantagem de poder recorrer as criptos em 2017. Não sei se todos os gestores poderiam contar com isso e não sei o que fariam se pudessem.


O IMAB, talvez o melhor índice de renda fixa do período, é quem mais chega perto de mim, com seus 175%, só que brutos. 


Pensei em outra coisa divertida também para comparar: 


E se eu tivesse comprado simplesmente um título de aproximadamente dez anos na época? 


Fui no site do Tesouro Direto ver a oferta de NTN-B. No dia 05 de julho de 2012, tinha a NTN-B 2024 e a NTN-B 2020 a quase a mesma taxa: IPCA + 4,6. Porém, isso "bruto". Por coincidência, foi minha rentabilidade real. Ou seja, meu prêmio foi pequeno. Alguns milhares de reais a mais. Não sei se chegaria a cem mil, mas desempenhei melhor. 



https://www.tesourodireto.com.br/titulos/historico-de-precos-e-taxas.htm


Então tudo beleza? Depende. 


Eu não trabalhava muito com a perspectiva internacional na época por vários motivos. 


1) EUA sofriam pra se livrar do patamar pré-crise de 2008, ou até o da crise de 2000 em alguns períodos; 

2) Eu achava muito complicado investir fora para a pouca grana que tinha nesse período de recuperação financeira norte-americana e...

3) ...por fim, minha meta era 100% focada em rentabilidade em reais. Só me preocupava com IPCA e não com poder de compra internacional. Se o PPP estivesse mantendo meu poder de compra aqui, já estava ok. Até porque consumo ou consumia pouco produto importado.


Do ponto de vista internacional, aí sim eu perdi a oportunidade de uma década excelente. Os EUA eram vistos com desconfiança. Creio que pouca gente apostou pesado em dolarização naquela época. E se eu tivesse o conhecimento e a facilidade que tenho hoje? Teria apostado? Talvez, não sei me transplantar assim. Acho que não, mas vai saber. 


De toda forma, como desempenhei acima da inflação nesses dez anos e, especialmente, acima de todos os índices comparativos nacionais médios a que pude recorrer, considero que foram bons dez anos. Principalmente por eu ter conseguido surfar um cenário nacional medíocre. Espero que as coisas melhorem na minha carteira geral nos próximos dez, vinte ou trinta anos. Tenho mais conhecimento e diversificação geográfica agora, que foi meu grande pecado da década. 


Resumidamente, estou feliz com o resultado. Nem esperava chegar a um milhão na virada de 2020 para 2021. 



A PERGUNTA DO PRÓXIMO 1 MILHÃO: O que tudo isso significa?


Bom, se avalio tão bem os resultados e percebo até ter cometido alguns erros bem primários - dos quais nem falei aqui para isso tudo não ficar ainda mais chato do que já está - que tenho como não repetir, por que não continuar investindo de forma ativa e fazendo meu market timing?


Talvez muitos discordem, mas porque todo esse resultado pode ter sido pura sorte. Tomei algumas decisões cruciais que ajudaram a me livrar dessas médias do período com que comparei meus resultados. Basta ver aqui nos posts do blog os meus momentos de redução drástica na bolsa, por exemplo. Quem acompanhou viu. 


Se eu tivesse acertado esses mesmos momentos de mercado com o conhecimento que tenho hoje, como saber a importância de uma diversificação geográfica e de moedas, talvez tivesse desempenho ainda melhor. 


Ocorre, porém, que ter acertado não quer dizer que eu vá acertar novamente. Meu último suposto grande acerto foi o do dólar. Porém, há trinta dias, nem "acerto" era. O futuro é que vai dizer. 


E se o meu acerto do dólar se confirmar correto nos próximos anos? Sinal de que devo continuar apostando sempre? É isso. Creio que não.


O que farei para conciliar com essa parte de mim que quer continuar na emoção das boas apostas financeiras? O que já venho fazendo: reduzindo bem a margem para esses tipos de apostas. Estou me enchendo de ETF's e critérios de rebalanceamentos bem mais fixos que ficar pulando de classes ou setores com grandes e súbitos movimentos. Por mais que esses movimentos tenham me ajudado muito entre 2012 e 2022. 


A década de 20 já está sendo e será cada vez mais a de movimentos suaves para mim. Espero que a avaliação dos vinte anos seja ainda melhor. Não garanto nada. 


Eu poderia falar muito e muito mais de tudo que vivi, senti, aprendi, avaliei e passei nesses últimos dez anos, mas ninguém gosta de cansar leitor. 


Por fim, lembro que o desempenho acima das médias com que comparei veio por causa das criptomoedas, que foi meio que minha "diversificação internacional" desde 2017, quando meio que comecei a ficar mais de olho na importância dessas coisas. 


Há um mérito em ver a coisa desabar 80% e segurar até voltar a ter lucro de mais de 300%, mas não é o tipo de aposta que recomendo para ninguém. Cheguei a ter, em alguns períodos, patamares como 10 ou 18% da carteira em ativos tão voláteis. Não é algo que faria hoje e só fiz porque senti que podia arriscar nessa "fase inicial". Nesse cenário de juros incertos, mais perigoso ainda. Porém, ainda tenho meus quase 1% lá e que podem ir subindo. Enfim, não é cuspir no prato que comeu. É só um alerta. 


Fiz uma edição especial da Planilha ADP com o consolidado de todos os meus tipos de investimentos, incluindo as criptos. A partir de agora, devo usar apenas os resultados consolidados, já que meus investimentos atualmente são muito diversificados. Não faz mais sentido ficar avaliando apenas ações e FII:







A.