sábado, 31 de julho de 2021

Avaliação de Julho 21 (estável)

            

Avaliação Final de Julho



Passei o ano falando mal da minha "sorte" com os fundos imobiliários, mas foram minha boia este mês. Como eu já disse, tenho dificuldade pra acompanhar as altas do "Ibov" e costumo sofrer menos que ele nas quedas. Normal. Quase metade da minha RV é FII. Também tive sorte com WEGE. Resultado? Perdi para a inflação do mês, mas fui muito melhor que o "Ibov". Fiquei num "zero a zero" em um mês bem complicado pra quase todo mundo. Como aportei R$ 6.500, o patrimônio total até pôde crescer nessa medida. Criptomoedas fizeram uma graça e compensaram o pequeno prejuízo do resto da RV. 

A pressão pela retirada dos FII da "reforma" tributária felizmente funcionou e isso me beneficiou. Seria prejuízo para o investidor sardinha e pouca arrecadação adicional para o governo. Ou seja, era algo em que poderia haver sim concessão na negociação. De toda forma, ainda acho a proposta ruim no geral.

Julho de pânico no final. Mercado está temendo pelo teto fiscal. Político, em geral, só pensa em ganhar eleição e manter seus sistemas de mamatas. Ou seja, pensa essencialmente no curto prazo. Logo, até entendo o receio do mercado. Torço para que seja uma reação exagerada porém. Que a turbulência seja adiada para 2022, já que a mesma é quase inevitável em ano eleitoral. 

Mais conservador que nunca, comprei 60k de TD e estou com uns 19k de caixa de venda de ação que fiz esta semana. Na próxima decido o que fazer. 

No momento, tenho uns 30% de tudo em ações; uns 28% em FII; uns 2% em criptos e uns 40% em Selic/caixa. Acho que é a primeira vez que chego a colocar 68% em renda fixa e FII (praticamente um meio termo). Ou seja, minha RV raiz mesmo está com menos de 33%. O "eu" que começou há exatos nove anos diria que estou sendo covarde rs. 

Por enquanto, estou mais confortável com essa alocação. Importante é não ter medo de mexer radicalmente quando necessário. Fiquei mais de 80% em RV no auge da crise do corona, por exemplo. 

No ano, o Ibov ainda está um pouco melhor que minha carteira da planilha. No geral, estou um pouco melhor que ele em 2021 em razão dos lucros absurdos que tive com as vendas de criptomoedas. Houve, assim, crescimento real de patrimônio para além dos aportes.  

Dólar infelizmente voltou a subir. Não sei se algum dia haverá minha sonhada janela de migração dos R$ 4,51. Brasil tem sido instabilidade pura nos últimos anos. Quero muito chegar nas eleições bem dolarizado.

Ainda não sei quando venderei os FII.

Enfim, patrimônio crescendo ok e minha família e eu estamos conseguindo evitar qualquer Covid. Não posso reclamar muito. Mesmo vivendo esse completo nonsense chamado Brasil. 


Números do mês:


"Ibov" caiu 3.94%

Tenho hoje: 622.262,84 (carteira ações-FII) + 19.183,15 (caixa de dividendos e vendas ainda não reinvestidos) = R$ 641.445,99. Queda de 0.32% em relação ao mês anterior.

Num mês de queda de 3,94%... "Espetacular" desempenho. Lembrei das meses de grande crise em 2020, em que a bolsa caiu bem mais que minha carteira. Nessas horas é muito bom ser defensivo. 

Tenho hoje R$ 20.353,75 na "carteira digital". Tornou-se menos de 2% da carteira. Se cair mais posso até fazer minhas primeiras novas compras desde aquelas de julho de 2017 e janeiro de 2018. Seria até interessante. 

Não vou contar o rendimento do dinheiro guardado em renda fixa, pois meu objetivo é avaliar meu crescimento em renda variável. Tenho cerca de R$ 412.000,00 em renda fixa. 

Meu patrimônio total hoje é cerca de R$ 1.074.000,00. Total aportado em tudo? Uns 575,5 mil (poupança, renda fixa, moeda, ações). Tenho uns 2,5k em contas a pagar que vencem nos próximos dias, porém.

Segundo a planilha, a valorização histórica da cota é de 172,2%, o que é muito bom para os nove anos de investimento. Inflação acumulada de 65,67% até então. Bem acima da minha meta de 4% real ao ano (é cerca de 8,4% real ao ano, segundo a calculadora de potenciação). A bolsa subiu uns 117% desde a minha estreia, mas se eu quiser me comparar com o índice de forma exata, teria que levar em conta as distorções das diferenças de aportes no tempo. De qualquer forma, possivelmente estou indo bem.

Nada mal pra quem pegou duas crises terríveis.

A bolsa "fechou" o mês de julho aos 121.800 pontos. 













A.

2 comentários:

  1. Minha carteira segue dinâmicas relativamente parecidas com a sua, principalmente pela forte presença de RF e outros ativos conservadores.

    Sobre a dolarização, acho ela importante par mantermos uma moeda forte, mas recentemente tenho me preocupado com o risco regulatório, essas ameaças que o presidente tem feito me colocam a pensar na probabilidade de uma turbulência institucional e os riscos que manter os ativos em custódia no BR podem causar.

    Seus planos de mandar para o exterior são muito positivos pois são capazes de corrigir esse problema.

    Foi um julho de redenção!

    Abraços,
    Pi.

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    1. Sim, tudo bem incerto. È fogo pra gente! Aposto que vão tirar a isenção de venda de ETF lá fora (Até 35 mil) e quem sabe outras coisas. Estou pensando com calma a melhor maneira de transição. Abraços!

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