sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Apresentando...


Apresentação



O objetivo do blog é simples. Permitir que "pequenos investidores" - gente que, como eu, ainda não possui dinheiro o suficiente para não depender de patrão ou algo do tipo - possam conhecer "experiências de  investidores leigos" principalmente na Bolsa de Valores. Quem sabe até se animar.

Espero que seja bem sucedida. Sendo, eventuais leitores leigos, se quiserem (ao leitor deste blog, aviso que é por sua própria conta e risco!!!), poderão até mesmo copiar o que vou fazer em cada momento, pois pretendo atualizar meus planos diariamente, antes da execução. 

Sobre esse assunto, o conselho mais importante para qualquer "investidor" - aspas porque não gosto da palavra - novo é: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Ainda mais na Bolsa/Renda-Variável. Ou seja, mesmo se eu tiver 9.687 meses bons seguidos, pode ser que, num mês só, tudo se perca.



Como, então, tentarei (tentarei!) conseguir uma rentabilidade digna em 90% dos meses e ter perdas diminutas em 10% deles? 

Para responder isso, tenho que falar do "meu" método. As aspas são porque ele não tem quase nada de original. É uma coletânea de lições ensinadas por outras pessoas e por observações superficiais de alguns gráficos e dados.

Uma das coisas que vou tentar é ir revelando o método apenas aos poucos, pelo menos até atingir o objetivo final (e será o fim do blog), que é "trabalhar pra si".

Entretanto, uma das principais bases do "meu" método revelo já agora... Ela é...

... O investimento em ações é, para os leigos com algum método razoável (pretendo ser um), o melhor tipo de investimento! Se alguém achar que não, é só argumentar. Contra-argumentarei assim que puder. Porém, não é o melhor o tempo todo. Nos últimos dezoito anos da economia brasileira, não o foi (é só um exemplo... Mas que exemplo!). 

Logo, não estarei sempre 100% (da grana) em ações. Pretendo variar as porcentagens investidas a depender do momento da economia brasileira e mundial. Atualmente, por exemplo. estou quase meio-a-meio (renda fixa e renda variável), pois não sei se, nos próximos dois ou três meses, as ações serão melhor investimento que a renda fixa. Contudo, pretendo estar "100% em ações" sempre que vir a economia do país numa situação minimamente tranquila, como quase aconteceu de 2003 a 2007.

Assim, como já deu pra perceber, nos meses em que sentir que a coisa vai ficar feia, deslocarei uma boa porcentagem do dinheiro para a renda fixa, antes que as ações caiam. Falando assim parece a coisa mais fácil do mundo. Não é. É a mais difícil. Possivelmente vou cometer "erros de sentimento". O importante, entretanto, é acertar alvos próximos dos topos e fundos. Vou confiar em mim e assumir um pouco mais de risco (pois poderia simplesmente "esperar a época depressiva e seus fundos passarem", como acontece em 99% das vezes), com o objetivo de maximizar os rendimentos. 

(... aqui entra outro aviso ao leitor, nem assim garanto que conseguirei honrar, no futuro, uma possível boa rentabilidade passada... Aliás, aqui no blog não garanto absolutamente nada).

Pode ser, também, que eu acerte um e erre o outro. Exemplo, vendo no que achava ser o topo e percebo, meses depois, que este era bem mais acima e o "topo falso" sequer virará um novo fundo. Se errar feio o julgamento, as consequências podem ser ruins. O inverso pode ser pior ainda. Vai que eu erro o fundo e o "fundo falso" se torna um topo que passará anos a ser rompido... Se perder a paciência e/ou precisar gastar o dinheiro, terei até prejuízo. Pretendo medir todos esses riscos na hora de fazer esses balanceamentos de "quanto fica na renda fixa" e "quanto fica na renda variável".

Enfim, todo "investidor" em bolsa deve saber esses riscos, eu sei, mas faço questão de avisar. Mesmo na renda fixa há risco (menor) de se perder o dinheiro, quanto mais na variável. E não. Não existe método infalível ou jeito de estar "sempre ganhando". Até o bilionário Warren Buffet já teve "ano negativo" (Um em dezenas... Logo recuperou... Tudo verdade... Mas teve). Não estudei ainda se ele fazia grandes deslocamentos entre renda fixa e variável para conseguir isso ou se o mesmo se virava na Bolsa mesmo, entretanto, parece-me "mais impossível" a segunda opção. Ao menos vendo os gráficos da Bovespa.


Bom, o que é "trabalhar pra si" ou "não ter patrão"?

Talvez exista essa dúvida.

Para trabalhar para si, é necessário acumular um montante grande o suficiente a fim de permitir um "salário" digno.

Esse montante renderia o necessário para viver de forma saudável. Creio que um rendimento real (descontado o IPCA) conservador fica entre 5% ao ano (melhores opções de renda fixa) e 12% ao ano (dá pra chegar a isso com uma estratégia razoavelmente conservadora na renda variável).

Por que 12% de rendimento real ao ano?

Tal rendimento não é tão difícil de se conseguir sendo um bom operador na Bolsa de Valores. Aliás, sendo mediano. Afinal, se a gente pega o rendimento do IBOV (termômetro do Ibovespa) desde o Plano Real tem-se a média de 14,5% ao ano. E há quem jure que o período "2012-2030" será muito melhor.

A meu ver, basta que não seja bem pior. É preciso que as pessoas saibam que ser um operador mediano da Bovespa é a coisa mais fácil do mundo. Basta investir no fundo de índice "BOVA11". Pronto. Basta ver no google. Não faço isso porque minha meta é conseguir um rendimento acima da média. Neste caso, os sonhados 12% poderiam ser conseguidos mesmo num cenário significativamente pior que o 1994-2012. E nem acredito que será.

Quanto menor o montante inicial, mais a pessoa precisa arriscar buscando rendimentos próximos a, talvez, 20% (dá pra conseguir isso sem risco extremo). Isso para multiplicar logo o montante. Obviamente, que o cenário - Brasil/Mundo - dos próximos meses precisa ser mais ou menos tranquilo. Entretanto, percentuais de crescimento ainda maiores só são possíveis com muito trabalho de garimpagem por parte do "investidor". Será que vale a pena? Pessoalmente, não pretendo gastar tanto tempo assim. Sobra tempo para "investimentos" mais rentáveis.

Portanto, 20% ao ano, de 30 mil reais, possivelmente vale trinta minutos do seu dia. Mas 40% ao ano, de 30 mil reais, possivelmente não vale quatro horas do seu dia.


Bom, e o que é "leigo"?

Leigo é você que, como eu, há mais ou menos um mês, nunca tinha ouvido falar de "comprar no fundo" e "vender no topo". É você que nunca se viu investindo nesse "negócio complicado" e só agora está se interessando. Enfim, por mais que eu tenha aprendido algo neste mês, a verdade é que sou leigo e pretendo continuar sendo, pois objetivo gastar uns trinta minutos por dia ou menos com isto tudo aqui. É o que considero justo pelo que meu montante inicial pode render (se minha expectativa de rendimento for confirmada).


Bom, por que o anonimato?

Simples. Segurança e privacidade. Não vou revelar meu nome por aí e peço que ninguém o faça. 


Falando um pouco sobre o blog

Pretendo ter uma página fixa (editada mês-a-mês). A página "Rentabilidade", sempre atualizada. Vou procurar colocar os resultados assim que acabar o mês. Tentarei não atrasar mais que um dia.

A ideia é também, como já disse, publicar, com antecedência, qualquer operação de compra e venda a ser realizada. 


Conclusão

Por isso tudo, este projeto é um teste de uma hipótese, a de que ganhar na Bolsa - e outros investimentos alternativos à decepcionante poupança - não é algo extremamente trabalhoso, difícil e "só pra quem saca muito". Quero mostrar que mesmo um leigo, como eu, pode obter uma rentabilidade bem satisfatória, sem precisar gastar muitos minutos por dia.

Se for dando certo, ótimo. Se não der, espero que meus "investimentos" defensivos me consigam um "zero-a-zero". Entretanto, acho que, daqui a três ou quatro anos, estarei, no mínimo, razoavelmente positivo. A não ser que a "economia" desande muito (o que tem, porém, efeitos políticos bem interessantes).

Sobre termos que usei aqui e tudo mais, podem me trazer qualquer dúvida. Mesmo a mais básica. Se souber a resposta, tentarei tirar. Não entendeu a relação risco/ganho e como jogar e se dar bem com ela? Posso explicar melhor algum ponto.

Boas operações para todos nós!

A.

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